11 de junho de 2014

Quando a caixa é "feia"

O reaproveitamento de caixas de feira na decoração não é nenhuma novidade. Existem diversas maneiras de utiliza-las nos mais variados ambientes da casa, misturando charme e funcionalidade. Mas nem tudo são flores no mundo das caixinhas. Existem por aí alguns patinhos feios, que são deixados de lado por serem um pouquinho "desajeitados".
E como pra mim não existe madeira feia, e sim mal cuidada, resolvi dar uma chance à essas caixas. 
Para esse projeto utilizei um modelo que vejo sempre pelas ruas (mais precisamente no lixo), de ripas fininhas de madeira e com bastante espaço entre elas, o que limita o reaproveitamento sem que se altere seu formato.
Nem sempre dá pra encontrar ela em bom estado, mas como tem bastante por aí, uma hora aparece!


Consegui 2 em ótimo estado, como dá pra ver na foto acima, e usei praticamente toda a madeira delas.


Para desmontar é fácil. Geralmente elas tem grampos pra madeira ao invés de pregos, e isso facilita bastante a vida! Com alicate ou até mesmo chave de fenda dá pra tirar.


Depois de separar as peças, agrupei-as formando seis placas. Fiz quatro placas com três ripas e duas com quatro ripas, respeitando as diferenças no comprimento. Essas seis partes foram feitas para criar uma caixa, que é a base do projeto. As duas placas maiores (com quatro ripas) são a tampa e a base, e as outras para frente, fundo e laterais. Na colagem usei apenas cola branca, e depois de seca lixei até ficarem bem lisinhas.
Também deixei lixadas outras seis ripas soltas, que mostro onde usei nas próximas fotos.
Serrei as pontas das seis placas, pois estavam bastante estragadas. Só foi preciso serrar porque eu queria deixar a madeira natural, sem pintar, e as partes estragadas ficariam bem evidentes. Quando uso tinta em alguma peça, corrijo as falhas com massa para madeira e dá pra esconder tudo! Mas nesse caso, queria aproveitar a aparência da madeira, que estava linda!



     
Com as placas lixadas e serradas, montei uma caixa como mostra o gif acima. As seis ripas que eu havia deixado separadas foram coladas depois da caixa ser dividida em duas partes (a tampa e parte de baixo).
Todas as placas foram coladas e pregadas, com preguinhos bem pequenos e sem cabeça, que ficam bem discretos. 
O objetivo foi imitar uma caixa de exportação (modelos ao lado), fazendo uma mini-versão. Gosto da aparência rústica desse tipo de caixa e sou louca pra encontrar alguma perdida por aí. São muito boas para customizar e assumem bem a função de baú.




O acabamento foi feito com seladora e cera, que deixam os veios da madeira bem evidentes. Para dar um charme maior, coloquei alças de sisal e forrei por dentro com papel de presente. No fecho usei também sisal e um pedacinho de madeira pra segurar.
Ainda no clima de caixote de exportação, improvisei um estêncil com símbolos usados nesses tipos de embalagem e pintei em uma das laterais da caixa. Completei com um rótulo fictício na tampa.
O resultado você confere abaixo. Espero que gostem!





10 de abril de 2014

DIY - Cabideiro florido





Cabideiros são sempre bem vindos pra dar uma ajudinha na organização e é melhor ainda quando dão um charme à decoração.
Apesar de não ser um objeto de altíssimo custo, as vezes alguns modelos (que geralmente são os que me agradam) têm um custo considerável. E como a lista de prioridades era grande, acabei demorando um bom tempo pra finalmente ter um. Mas pra ter um, tive que recorrer ao bom e velho "faça-você-mesmo" e tratei de fazer um do jeito que eu queria. 
Me inspirei nos modelos de flores de ferro, que já vi em vários lugares e acho lindíssimos. Pesquisei como poderia fazer as flores, e resolvi que daria pra fazer em papel, então encontrei esse site que ensina a fazer umas rosas de papel pra lá de charmosas. Depois foi botar em prática.
Se você também tem vários badulaques espalhados pela casa e não vê a hora de ter uns ganchinhos pra botar ordem na bagunça, aproveita o passo-a-passo e faz o seu.


Para fazer as flores, é preciso usar o molde, que você baixa aqui, no mesmo site que tem um guia show de bola de como fazer.




Nesse projeto preferi usar papéis mais firmes, pra dar maior resistência e durabilidade às flores e não ter que ficar cheia de dedos na hora de pendurar uma bolsa, com medo de amassar. Por isso, baixei o molde e transferi ele para o papel mais duro. 
Se você quiser dar um charme e deixar um acabamento melhor (o papel duplex é colorido só de um lado) você pode colar um papel diferente no verso. Para minhas flores, escolhi um papel de presente de bolinhas.

Uma dica importante é usar cola em bastão, pois não enruga o papel.

Depois de recortar as partes da flor, com ajuda de um lápis, curve as pontinhas. Cuidado pra não curvar para o lado errado! A ponta deve ser virada para o lado que for ficar pra baixo.
O passo seguinte é fazer os cones. Observe que as partes maiores têm uma aba, que servem justamente pra fazer isso. É só passar cola quente na aba e fixar no fundo da pétala do lado. 




As partes da flor (no molde original) vêm enumeradas na ordem da montagem, e seguindo certinho não tem erro.

  • A primeira (uma pétala sozinha) deve ser "enrolada" no palito, deixando uma pequena parte sem enrolar. 
  • A segunda e a terceira são coladas ao redor pra primeira.
  • Depois é só seguir a sequência, encaixando os cones no palito (ah, faça furinhos no centro pra isso!), não deixando de passar cola em cada parte encaixada.

Se quiser, o molde traz também as folhas, que devem ser colocadas por último.




Importante: Ainda não diminua o tamanho do palito das flores. Eles serão cortados posteriormente, na mesma profundidade da base.




Nessa parte, a flor já está pronta. Mas é preciso protegê-la.
Para isso, use verniz em spray. Ele vai dar um brilho suave, deixar ela mais durinha e de quebra aumenta a durabilidade. Passe sem pressa, pois o excesso pode encharcar e manchar o papel.




Com todas as flores prontas e protegidas (podem ser quantas quiser), é hora de preparar a base do cabideiro.
Dá pra usar qualquer pedacinho de madeira (ou derivados) que tiver em mãos. Eu usei um pedaço de MDF laminado que consegui em uma madeireira. O tamanho da base pode variar. O importante é adaptar as distâncias e os furos ao tamanho escolhido.

  • Para encaixar a flor, é preciso fazer um furinho da espessura do palitinho de churrasco, que tem geralmente 4 mm. Isso dará mais segurança e ela não se soltará facilmente.
  • O furo para os ganchos (que podem ser comprados em qualquer loja de material de construção ou de utilidades domésticas), deve ser proporcional ao parafuso que será usado na fixação. O furo deve ter espessura menor que o parafuso. A depender do tamanho, nem é preciso fazer o pré-furo.
  • Para o parafuso que se fixará na parede a regra é a mesma do furo acima.



Se seu número de brocas é limitado, procure usar parafusos com a mesma espessura. Lembrando que pra fixar na parede, é preciso usar parafuso e bucha.
Depois de furar é hora de enfeitar a base!




A cola bastão também é uma boa opção pra colar o papel na base. 
O verniz em spray também entra em ação, protegendo o papel.




Para colar as flores, primeiramente, corte o palito com a mesma espessura da base. Passe a cola na parte que sobrou do palito, e encaixo no furo.
É possível cortar o palito bem rente a flor e cola-la diretamente na base, sem encaixar em nenhum furo, porém ela poderá se soltar com muita facilidade. Com a pequena haste fixa na base, só mesmo um esbarrão bem forte pra arrancar ela de lá.




Agora você já tem um cabideiro de flor!



10 de março de 2014

Mesinha de coração

Pra quem gosta de reciclagem, este deve ser um trabalho bem motivador. Isso porque a matéria prima dessa peça veio diretamente do lixo de um prédio em reforma, e a aparência era assustadora.

Madeira resgatada do lixo.

Os pregos foram retirados e depois de muita lixa e um pouco de carinho a aparência mudou.
Essa etapa é a que mais exige paciência, mas o resultado é muito gratificante.

Durante o lixamento e o resultado.

Com as tábuas bem tratadas, foi hora de transforma-las em algo.
A ideia foi fazer um banquinho, mas depois que a peça ficou pronta, me lembrou muito mais uma mesinha lateral, e então ela foi promovida a esta função.
Separei 4 tábuas para os pés, 2 para as laterais e 2 para o tampo. Fiz um molde de papel para os pés e um para a frente que risquei à mão livre mesmo, ajustando até que ficasse de acordo com o que eu queria. Depois desenhei os moldes nas tábuas e cortei com serra tico-tico.
Serrar as curvas foi um pouco trabalhoso, até pegar o jeito acabei desperdiçando 2 tábuas, mas depois ficou fácil.

Moldes e peças.

Cavilhas.
Por ser um trabalho antigo, faltam fotos das etapas. Pode parecer complicado, mas é relativamento fácil fazer um destes, desde que se tenha vontade, uma serra tico-tico e uma furadeira.
Para unir as pés a essa parte do meio, eu usei cavilha e cola. Cavilhas são essas pecinhas de madeira muito usadas para fazer junções. 
É preciso furar as duas partes que serão unidas, com as mesmas distâncias e centralizado na espessura da peça. A profundidade do furo em cada lado deve ser uns 2 milímetros a mais que a metade da cavilha, o suficiente para que ela caiba inteira quando as partes forem unidas e tenha uma folga para ser preenchida por cola. A cola deve ser colocada tanto dentro do furo quanto na superfície das peças.
O esquema abaixo (tenta) mostrar como é feita a união.

Como colocar cavilhas.

Depois dessa etapa, ficaram prontas 2 partes da mesinha, que foram unidas por 2 laterais retas com parafusos e muita cola. Finalizei colocando o tampo, que são 3 pedaços unidos também por cavilhas e presos ao banco com parafusos pela parte de dentro (improvisei cantoneiras de madeira para isso).
O detalhe do coração foi feito com serra-copo, mas como não tem nenhuma foto da etapa fica complicado mostrar. Vou fazer um passo a passo mostrando como fazer bem detalhadamente, pois acredito que esse detalhe pode dar uma cara nova para muitas peças. 

Quase terminando.


Por fim a mesinha foi pintada de branco, mas muito provavelmente vai mudar de cor...

Finalizada!


Fiz este banco/mesinha logo que comecei a me interessar por marcenaria. Depois de fazer uma bancada simples e um armário para minha oficina, esta foi a primeira peça feita totalmente com madeira encontrada na rua e o resultado fez com que meu interesse por reutilização aumentasse muito!
Tomara que sirva de inspiração a outros "caçambeiros" por aí!

Um abraço!

28 de outubro de 2013

Mesa vermelha e banquinhos em perigo

Presente pra casa nova da minha cunhada. Uma mesa pequena acompanhada de 4 banquinhos. Ela escolheu a cor, e para o resto deu carta branca. Fiz em pinus e compensado. Escolhi os desenhos de acordo com o gosto dela.
Tem um esqueminha de como fiz o banco, para os aventureiros na marcenaria.
*Lembrando sempre que não sou profissional, então é tudo na base da experimentação!

Os banquinhos
A mesa com seus banquinhos

Agora um passo a passo de como fazer um banquinho igual.


1. Essas peças já podem vir cortadas da madeireira. Economiza tempo e trabalho. Para cada pezinho, são necessárias 2 peças de 50 cm de comprimento, 4 cm de largura e 2 cm de espessura.

2. Separe 2 peças para fazer o primeiro pé. Teste antes se estão com a mesma largura, para evitar que fiquem falhas. Se preciso, numere os pares. Nem sempre os cortes ficam exatos, então é melhor conferir antes.

3. Cole as peças de maneria que fique sobrando 7 cm  nas pontas. Não economize na cola, e deixe secar bastante!


Lateral feita no passo 5
4. Serre um dos lados, deixando o comprimento total com 44 cm. Repita isso para os 4 pés. É importante medir tudo com muito cuidado e sempre conferir antes de cortar, pois mesmo alguns poucos milímetros podem fazer uma grande diferença no final!

5. Com os 4 pés colados e cortados, una-os de 2 em 2 com uma peça de 17 cm de comprimento, 7 cm de largura e de 2 cm de espessura. Faça como na imagem 5, deixando o rebaixo para fora. Pode unir com cavilhas, pregos, parafusos (e muita cola)... só não pode ficar saltando para fora, pois isso atrapalharia o passo seguinte.

6. Depois de fixados, estas serão 2 laterais dos bancos. Para uni-las, cole uma peça de 25 cm de comprimento, 7 cm de largura e 2 cm de espessura ligando uma lateral a outra. Essa peça deve ser encaixada no rebaixo dos pés.

Depois de seco, reforce com parafusos, pregos ou cavilhas. Eu usei cavilhas para fixar a peça do passo 6 no pé, e um parafuso grande atravessando as 3 camadas. No desenho (mal feito) abaixo dá pra entender melhor. Quando for furar, cuidado para não acertar os fixadores do passo 5. As cavilhas eu coloquei ao lado das cavilhas da primeira lateral, e o parafuso passei no meio delas (não sei se essa explicação está clara, pois até eu mesma já me perdi).


Para ficar melhor o acabamento, passei massa para madeira pra tampar as cavilhas e os parafusos. Passei também uma mão de tinta PVA branca, e depois pintei com esmalte a base d'água vermelho. Mas antes de pintar, tem que estar tudo muito bem lixado, para ficar bom o acabamento. Eu lixo com lixa 80, 120, 180 e 220.
Nos tampos eu colei adesivo vinílico. Mandei os desenhos pra gráfica de um amigo e depois envelopei (as imagens são adaptações de desenhos no estilo retrô, que peguei na internet). Fixei o assento com parafusos pela parte de baixo do banquinho.
Não é tão complicado quanto parece, e a diversão compensa qualquer trabalho!



Um abraço!


23 de setembro de 2013

Mesa amarela


Mesa com estrutura em pinus e tampo em compensado. Deu um trabalhão, mas nasceu!
Uma amiga que escolheu a cor. Ela está reformando a cozinha, e eu contribuí com esta mesa, que combina com a geladeira que ela reformou com papel contact!

           

Fixei os pés usando fura e espiga, feitas com ajuda de goivas. Na parte menor, colei e reforcei com cavilhas, e a parte maior usei parafusos, para que seja possível desmontar quando necessário.

           

Testando os encaixes e conferindo o esquadro, só pra saber mais uma vez que nunca consigo deixar nada no ângulo certinho... Mas fica de pé!

           

Preparando para a pintura. Primeiro passo um fundo branco e corrijo as falhas com massa.

           

Tudo pintado, esperando a hora de partir. Meu atrapalhante participando de todas as etapas.

           

Pronta e montada no seu destino final.
Adorei a cor escolhida! Fiquei com vontade de fazer uma igual, mas no momento estou terminando outra mesa, que também já tem dona!


19 de julho de 2013

Evolução da Garagem

Quando comecei a me interessar por marcenaria, tudo que eu tinha era boa vontade. Aos pouquinhos, fui adquirindo ferramentas, comprando uma aqui, ganhando outra acolá. Além disso, também pude contar com muito apoio da minha família. Depois, com ferramentas e boa vontade, só faltava um bom espaço pra começar a botar a mão na massa. Foi então que comecei a usar a garagem.
Com o tempo, como eu ficava muitas horas na garagem, queria que fosse um lugar mais agradável, mais organizado e que tivesse mais minha cara. Foi aí que começou minha empreitada em transformar meu espacinho. Tá certo que é uma garagem, eu sei, mas por que não pode ser mais simpática, né? Afinal, o carro só passa a noite ali, e eu passo tardes inteiras!
Ainda tá longe de ser o lugar agradável que eu gostaria, mas aos poucos, vai melhorando. Olha aí nas fotos como mudou!


Ela começou assim, só com essa bancadinha (a primeira peça que fiz). Essas caixas aí no fundo, dividem a garagem ao meio, pois metade é usada pela vizinha para guardar umas sobras de material de construção.


Depois da bancada, veio um armário para ferramentas.


A foto não tá boa, mas só achei essa de como era antes. Essa placa grande aí, virou a estantezinha amarela da foto de baixo.


Essa estante cheia de madeiras aí foi um improviso, mas quebrou um galho enorme!



A mais nova integrante é essa estante de bolinhas, que um dia foi uma gaveta que resgatei do lixo pra dar uma segunda chance. Agora ela colore e me ajuda a organizar a garagem!

Tá melhorando, não é mesmo?

6 de maio de 2013

Iluminando a Garagem









Para poder ficar até mais tarde trabalhando na garagem resolvi melhorar a iluminação. Já tinha uma lâmpada no centro, mas precisava de algo mais direcionado, pra deixar a bancada bem iluminada. Por uns tempos usei uma extensão pura com a lâmpada, mas ficava muito com cara de improviso. Então pra deixar mais bonitinho, resolvi fazer uma luminária. O "fazer" foi a solução, pois só tomava susto com o preço das luminárias prontas, e com a grana curta o jeito é se virar. E olha que gostei do resultado. Não troco meu lustre por outro de loja chique nenhuma! =)
Como entendo um pouquinho (bem pouco mesmo) de eletricidade, coloquei até interruptor. Mas dava pra ficar só com tomada mesmo.




Agora minha garagenzinha tá assim, toda metida com lustre novo!


E ilumina que é uma beleza!



O melhor de tudo é que não gastei nem R$15,00 pra fazer tudo!
Se quiser fazer uma também, olha só como foi simples fazer!


Para fazer sua luminária, o essencial é isso aí. Aliás, não coloquei ali a tomada, que também é indispensável!
O resto é o gosto de cada um. Dá pra pintar, colocar detalhes, acabamentos, etc. Na minha aproveitei o enfeite de um abajur antigo e pintei de preto por fora. Tudo bem simples.
Olha aí o passo a passo de como cheguei até lá:



Fácil, né?